terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Socorro entregue a três bombeiros nos Bombeiros Municipais de Santarém

O protesto dos bombeiros em regime de voluntariado, que prestam serviço nos Bombeiros Municipais e faltaram ao piquete de emergência, deixou Santarém entregue a APENAS três bombeiros. Os bombeiros municipais que estavam de folga foram chamados de urgência ao serviço, enquanto os faltosos, alguns deles a exercerem cargos de chefia em piquetes, alegadamente, nesse mesmo dia, reuniam no refeitório dos bombeiros para discutir a situação.

Na origem do protesto terá estado uma decisão da Câmara Municipal de deixar de pagar horas de piquete aos voluntários, já que, de acordo com o parecer da Inspecção- Geral da Administração Local, solicitado pela autarquia, o pagamento é ilegal.

A ANBP/SNBP não entende o protesto levado a cabo, já que a exigência do pagamento das horas efectuadas por parte daqueles bombeiros, para além de não ser legal, perverte o conceito de voluntariado em que se encontram inseridos. Não se entende, por isso, que os voluntários tenham questionado a autarquia de Santarém acerca do não pagamento das horas de serviço prestado e tenham faltado ao serviço sem justificação.

A ANBP/SNBP está ainda preocupada com a forma como estas situações podem afectar o socorro, já que este, no dia do protesto, ficou assegurado apenas por três elementos, dois profissionais e um voluntário, até à chegada de bombeiros profissionais que foram requisitados para o serviço.

A ANBP/SNBP reiteram o que têm vindo a defender desde sempre: a necessidade de aumentar o número de efectivos na corporação de bombeiros municipais de Santarém. É urgente que se tenha em conta a responsabilidade jurídica que os bombeiros profissionais possuem no âmbito das suas funções e apurar a responsabilidade que pode ser imputada aos bombeiros voluntários faltosos.

O “Presidente da Câmara de Santarém quer pôr corporação de bombeiros municipais na ordem” e assegura ao jornal O Mirante que “a intenção é reestruturar a corporação, acabando com a sobreposição de funções entre profissionais e voluntários, e redefinir a relação com as corporações de voluntários do concelho, sobretudo com a da cidade.”

Moita Flores refere ainda à Agência Lusa “que pediu um parecer à Inspecção-Geral da Administração Local, tendo deixado de pagar as horas de piquete assim que recebeu a informação de que esse pagamento é ilegal”.

Fonte: site ANBP

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