Os Bombeiros Municipais de Santarém solicitaram autorização para realizar, dia 8 de Abril, um exercício de salvamento, no depósito de água da cidade de Almeirim. O pedido, que segundo foi dito a O MIRANTE, foi feito por um bombeiro, sem conhecimento do comandante da corporação, deu origem a uma grande confusão e acabou por não se realizar.
A situação raia o anedótico. Primeiro porque os bombeiros municipais de Santarém têm um depósito a cerca de um quilómetro do quartel onde poderiam realizar o exercício. Segundo porque a autorização para utilização do depósito teve que ser dado pela Águas do Ribatejo, empresa cuja constituição foi dificultada pela não adesão do município de Santarém que travou uma longa guerra pública com os municípios fundadores durante a qual foram feitas acusações de parte a parte bastante polémicas e violentas.
O Gabinete de Comunicação da Águas do Ribatejo enviou aos jornais, no dia 7 à tarde, uma nota de imprensa a anunciar que tinha autorizado a utilização do depósito. Mas horas depois informou que os bombeiros municipais de Santarém tinham cancelado o exercício “por razões operacionais”. Fossem as razões operacionais ou outras, o que é certo é que acabaram por ser feitos, não um, mas dois salvamentos. Salvaram-se os bombeiros de uma grande embrulhada e salvou-se o presidente da Câmara de Santarém, responsável pelos bombeiros municipais, de uma valente azia. Resta saber se o bombeiro que decidiu a incursão em Almeirim, se vai salvar de um valente raspanete.
