Tendo em conta que o presidente da Câmara de Santarém gosta de resolver as “coisas” na comunicação social, sim porque os bombeiros sabem do que se está a passar é pelos jornais, então vamos responder ao Sr. Moita Flores, também no jornal.
Na sexta-feira passada, dia 04 de Dezembro, pelas 22h, mudança de turno, estavam apenas três elementos de serviço, e não houve faltas, nem greves, era o número de pessoas que estavam escaladas, dois profissionais e um elemento voluntário. Foram efectuadas chamadas telefónicas para 17 elementos, à ordem do Comandante, e a resposta de todos eles foi “Não”. E sabem porquê? Porque o Sr. Moita Flores também deixou de pagar as horas extraordinárias aos bombeiros profissionais. Eu, fui um dos que disse que não, porque para trabalhar de borla já chega os voluntários! Devido à boa vontade de dois elementos voluntários, o piquete acabou por ficar com cinco elementos, onde deveriam estar no mínimo nove…
O grave no meio disto tudo é que a população que paga impostos, supostamente para ser servida, na noite de sexta para sábado ficou sem ambulância pois não havia pessoal para sair no INEM. (mais valia terem fechado os portões e irem todos para casa) Hoje, domingo 06 de Dezembro, alerta amarelo de mau tempo, estão 5 pessoas de serviço, quando deveriam estar no mínimo 10…(dois profissionais e o resto voluntários).
Depois o Sr. vereador Valente e o Presidente da Câmara de Santarém vêm para a Comunicação Social dizer que são os bombeiros que andam a ameaçar a população e a fazer greves? Será que a população não tem o direito de saber o que se passa na realidade?! Afinal são os bombeiros que estão 24h sob 24h a garantir a segurança que o executivo da Câmara está a colocar em risco.
Lobis?! Greves?! então e aqueles elementos que dão a cara e representam a instituição são o quê?
A população que reze para que nada aconteça em Santarém, pois os bombeiros da cidade não têm elementos ou possibilidade de os ajudar!
Já agora, aquelas pessoas que dizem mal dos bombeiros, ou que estes deviam trabalhar de borla, porque os bombeiros sempre trabalharam de borla, essas pessoas não se querem inscrever num Corpo de Bombeiros?! Em vez de passar as noites em casa, não quer vir passá-la num quartel sem condições? Não querem vir passar a noite de Natal afastadas das famílias? São sempre bem-vindos.
A todos um obrigado…
in jornal " O Ribatejo"
O presidente da Câmara Moita Flores, está a mostrar aquilo que efectivamente é.
ResponderEliminarQuando não detinha maioria absoluta já mostrava alguma falta de consideração pelas instituições, agora que tem maioria absoluta deve pensar que é Deus, pois critica tudo e todos, desde os seus vereadores aos Ministérios, esquecendo que muitas das situações são provocadas pela sua administração.
Para alguém tão reconhecido, em termos intelectuais, parece-me que ou está a ficar mentecapto ou então está efectivamente a abrir as defesas, mostrando o pacóvio que é.
Extinguir uma Corporação, como parece ser o que pretende, sem ter substituto á altura, parece-me incorrecto e fará perigar a segurança da população.
Estará alguém preparado para ser assistido por um miúdo de 15 ou 16 anos. Estará esse miúdo em condições de prestar esse serviço. Será que vamos novamente ouvir as sirenes a tocar, esperando que alguém chegue para socorrer as vitimas dum incêndio, dum acidente ou doença súbita?
Porque não profissionalizar a Corporação que lhe diz respeito, tornando-a capaz de poder cumprir com as necessidades dos cidadãos desta cidade.
Convêm realçar que as corporações sediadas na cidade de Santarém servem cerca de 44 000 habitantes, contra os 19 000 servidos por Alcanede e Pernes, e que dentro destas duas corporações da Cidade, a dos Bombeiros Municipais realiza muito mais situações de urgência em detrimento dos transportes convencionais, (hospital/hospital; hospital/casa, etc.) que são muito bem efectuados pelos Bombeiros Voluntários de Santarém, sendo de onde lhe vem grande parte da receita.
Conforme se pode constatar pelas estatísticas, provenientes da Alta Autoridade para a Protecção Civil, que deveriam ser uma ajuda para a tomada de decisões, os BMS são proporcionalmente a Corporação que mais serviços realiza, motivo pelo qual extinguir em vez de restaurar e tornar capaz, só se for pelas despesas, mas pergunto, quanto vale a vida do Sr. Presidente, da filha, da mulher, ou de outro cidadão? Quanto valem os seus bens? Há pois é verdade não tem bens em Santarém!
É certo que a sua vida é feita em Lisboa e que ai está a salvo, dado a existência dum Regimento de Sapadores Bombeiros ajudados por várias corporações de Voluntários com quem a Câmara de Lisboa ainda não fez qualquer fusão.
Ganhe tino, gaste menos onde não deve e resolva o problema como deve ser, pois quando for embora, cá ficou eu a penar pelos erros que possa cometer.
Uma sua votante.
Com Esforço e dedicação mostrando aquilo que valem, á que lutar ... Não percam a cabeça!
ResponderEliminarDe facto já era bem tempo de arrumar a casa. O que se passa de facto, é que existem bombeiros municipais a ganhar mais que o próprio presidente da câmara. Recebem as mesmas horas de serviço várias vezes e ninguém que se intrometa. Então recebem um subsidio de turno e depois voltam a receber extras se esse turno é de noite ou ao fim de semana. Era já altura de acabar com o "regabofe". De nada serve à cidade ter um corpo profissional se os elementos que o compõem só se preocupam com a sua carteira e não com o bom serviço. Se os Bombeiros Municipais acabarem (não creio), os habitantes da cidade não ficarão sem socorro. Importa resolver sim esta autêntica "caça à hora", chegando ao desplante de nas ocorrências se arrastarem horas infinitas, ao invés de solicitar às estruturas (CDOS) apoio de outros CB´s.
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