Política # 2 Fev 2010, 10:10
Contratação de artistas pela Câmara de Santarém questionada pela oposição
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As dificuldades financeiras que a Câmara de Santarém atravessa - e que são o motivo apontado para o incumprimento de alguns compromissos assumidos pela autarquia com associações, juntas de freguesia, empresas e outras entidades – constituíram o mote para uma acesa discussão na reunião do executivo de segunda-feira. Os protagonistas foram o presidente do município, Francisco Moita Flores (PSD), e os dois vereadores da oposição, António Carmo e Ludgero Mendes, ambos eleitos pelo PS.
Tanto Carmo como Ludgero questionaram a política da maioria PSD, que não tem dinheiro para pagar os compromissos firmados com entidades prestadoras de serviço mas continua a contratar artistas para actuar nas festas populares do concelho. Como são os casos mais recentes de Arneiro das Milhariças e Amiais de Baixo, onde o cantor Toy e o grupo Os Cinco, respectivamente, custam à autarquia cerca de 12 mil euros cada. Uma prática que os vereadores da oposição defendem que devia ser suspensa, pelo menos enquanto a situação financeira do município não melhorasse.
António Carmo defendeu ainda a existência de critérios para a atribuição de apoios a esse tipo de festividades, já que não têm todas a mesma expressão. E disse que o apoio devia ser dado em forma de subsídio e não através da contratação de artistas.
Moita Flores assumiu a política de apoio a todas as festas e afirmou que enquanto for presidente da câmara “Santarém será um palco competitivo e atractivo do país”. E reforçou: “Estou aqui para governar com o programa que apresentámos ao eleitorado e não com o vosso”.
O presidente acusou o PS de Santarém de ter um discurso de “cassete pirata” e de “confundir uma política cultural democrática, que olha para todas as freguesia de uma forma igual e tolerante e que é capaz de não ter a ver com a concepção de democracia do PS de Santarém”.
Moita Flores reforçou em tom contundente, na resposta à intervenção inicial de António Carmo: “Esta Santarém é uma cidade aberta ao mundo. Por isso não me volte a falar de cultura nesse pé, porque assim nunca nos vamos entender”.
In Jornal: “o Mirante”
Agora tirem as vossas conclusões.
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