terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Bombeiro Voluntário de Faro Defende-se Publicamente

Exclusivo BPS



"O socorro em Faro não está garantido e a sua operacionalidade é posta em causa diariamente", acusou ontem Fernando Curto, presidente da ANBP – Associação Nacional de Bombeiros Profissionais. O dirigente garante que anteontem a segurança da cidade ficou entregue a seis bombeiros municipais, um voluntário que se encontrava em serviço há 36 horas e outro que compareceu à rendição do turno. "Onde estão os 60 bombeiros voluntários do quadro activo", pergunta.

Fernando Curto explica que, nessa noite, o bombeiro voluntário foi colocado a conduzir a viatura que respondeu a um incêndio, 'pelo chefe de turno , também voluntário'. No local, o bombeiro 'não soube colocar a bomba da viatura a trabalhar, não dando água aos bombeiros', continua o dirigente. Foi 'um municipal a resolver o problema', diz Fernando Curto. Perante esta situação, o sindicato prepara uma manifestação, em Faro, dia 24 de Março. Macário Correia, presidente da Câmara de Faro, não quis comentar as acusações.

Fonte: CM

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O elemento voluntario em questão, vem ao BPS, esclarecer o que realmente aconteceu, no texto que passamos a transcrever na integra:


Venho por este meio fazer um desmentido a noticia publicada no jornal CM no Sábado dia 06/02/2010, com o título "Socorro em Faro não está garantido".

Começo por dizer ao Sr. Fernando Curto que antes de enviar notícias para a comunicação social deve averiguar a veracidade das mesmas a fim de evitar que sejam publicadas notícias falsas e destorcidas como é o caso.

Como é que este dirigente pode garantir que o socorro nesse dia ficou entregue a seis bombeiros municipais e dois voluntários, se não se encontrava no local, neste caso garante uma coisa que não é verdade eu como bombeiro voluntario e presente nesse serviço garanto com toda a certeza que estavam de serviço cinco bombeiros municipais e cinco voluntários e o respectivo chefe de turno.

Quanto a pergunta que Fernando Curto faz sobre onde estão os 60 bombeiros voluntários, como o próprio nome indica são voluntários como tal deviam estar a trabalhar ou com as suas famílias que muitas vezes deixam sozinhas para poderem nas suas horas vagas prestar este mesmo voluntariado. Mesmo depois de um dia de trabalho conseguiram ter de serviço o mesmo número de elementos que os bombeiros municipais que são profissionais e remunerados mensalmente, então faço a mesma pergunta a este dirigente onde estão os 60 bombeiros municipais?

Já que só estavam de serviço cinco destes elementos.

Se o socorro á população foi posto em causa não foi por culpa do bombeiro voluntario que conduzia o carro, pois mesmo que não soubesse ligar a bomba o que não era o caso, a culpa não seria do mesmo, visto que foi posto a conduzir um viatura que não pertencia a sua corporação, pois este depois de um dia de trabalho e sem ganhar nada se apresentou ao serviço e mais uma vez pergunto onde estava o motorista de pesados deste corpo profissional? Que são remunerados para comparecerem ao serviço, e se o motorista voluntario não tivesse lá, quem conduzia o carro?

Quanto ao que aconteceu no local do incêndio, onde este dirigente mais uma vez atesta uma coisa que não viu. Eu como motorista do carro passo a contar a minha versão dos factos quando cheguei ao local liguei a bomba e fui ao carro buscar as luvas quando voltei para manobrar a bomba, já se encontrava um bombeiro municipal a mexer nas válvulas da referida bomba, função essa que não lhe pertence, a bomba trabalhou sempre sem pressão e ao contrario de que foi publicado ninguém no local resolveu o problema, eu por minha parte fiz tudo o que podia e não assumo qualquer responsabilidade neste incidente.

Por isso passo a colocar cinco questões ao Sr. Fernando Curto que mesmo não estando no local parece saber melhor que ninguém o que se passou nessa noite:

- Será que foi o motorista que não soube colocar a bomba a trabalhar já que esta trabalhava a água é que não tinha pressão, sendo este bombeiro voluntario desde 1979?
- Ou o segundo elemento neste caso bombeiro municipal e delegado sindical que não abriu a agulheta toda para não se molhar?
- Ou o terceiro elemento também este municipal que foi mexer nas válvulas da bomba função está que não lhe compete?
- Ou o chefe da viatura que manda regressar ao quartel o segundo carro sabendo que o primeiro estava com problemas de água?
- E como foi um municipal a resolver o problema, se este não ficou resolvido e a bomba trabalhou sempre sem pressão de água?

Eu que estava lá não sei o que se passou só sei que liguei a bomba como de costume e só desta vez é que esta funcionou mal, pois a água não chegava a agulheta nas devidas condições sendo que as 20.00 quando entrei ao serviço fiz a devida verificação da viatura e está encontrava-se operacional ao desempenho das suas funções.

Por este motivo não aceito que me acusem de prejudicar o socorro a população, pois compareci ao serviço e desempenhei as minhas funções voluntariamente como venho a fazer ha já vários anos e não aceito ser utilizado nem pelos bombeiros municipais, nem pelo Sr. Fernando Curto nesta guerra.

Os bombeiros municipais é que estão a por em causa a segurança da população, primeiro porque não pessoal suficiente para efectuar o serviço e neste caso nem motorista para o carro tinham e depois dificultando o trabalho aos bombeiros voluntários que lá estão para ajudar.

Onde a única preocupação é provar que são melhor que nós pois são profissionais é bom que sejam pois estão a ser pagos para isso, eu por minha parte e penso que os meus colegas voluntários também, não queremos ser melhor que ninguém, queremos apenas que nos deixem trabalhar em paz pois não temos culpa desta situação e mesmo não sendo profissionais merecemos respeito, pois somos bombeiros tal como eles, também temos formação para tal e vestimos tal como eles uma camisola e dizer bombeiros.

Manuel Domingues

In Blog BombeirosParaSempre

1 comentário:

  1. Boa tarde, como sempre gosto de ler estas pequenas cenas onde está sempre o Sr. Fernando Curto, e fico feliz por saber que ele afinal não sabe de nada de nada, deixo um conselho aos Voluntários façam a vossa inscrição no Sindicato que ele representa e tudo isso acaba serão tratados da mesma forma, é isso que ele tem feito por todo o País nos Voluntários, porque os profissionais para ele são e serão sempre só os Sapadores Bombeiros e não os bombeiros profissionais das Cambaras Municipais, é só taxo para ele, os profissionais Municipais que olhem para a tabela dos sapadores e avaliem a vossa situação vejam a diferença de vencimentos e estejam mas é calados. O Fernando Curto quer é taxo e sócios para ter direito aos Euros que recebe do Sindicato e não é pouco.

    Carlos

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